top of page

ENCOURADO

Fazer um show só com um violão e uma voz cantando não é tarefa simples.

Um concerto não é só um apanhado de músicas cantadas em sequência, umas atrás das outras.

É preciso timing, performance e dominio de instrumento e de energia. É preciso um bom conceito.

ENCOURADO é tudo isso. Gosto demais de fazer esse show, que mescla um bom violão, poesia e clima.

O clima do sertão, das violas, da paisagem seca. Das sextilhas e dos luares.

Vou te contar que os primeiros 40 minutos são de uma imersão e de uma concentração impressionantes.

​É um monólogo da minha companhia de teatro imaginária especializada em monólogos, chamada "Monocompanhia".

O resto do show é festa, arte  e parceria, cantando compositores como Petrucio Amorim, Flávio Leandro e Zé Dantas.

Ah, o Encourado é o diabo em algumas partes do país. Em alguns casos suas lendas lembram as do Blues, aonde se fazia pactos para tocar melhor.  Já dizia Raul Seixas: o diabo é o pai do rock! Falo um pouco dele em uma poesia que é desse jeito:

Avenir Light é uma fonte limpa e elegante preferida pelos designers. É boa para os olhos e uma ótima fonte de títulos, parágrafos e mais.

Uma noite sem lua numa encruzilhada

ouvi uma voz que dizia assim

voce, violeiro, se lembra de mim?

Não disse que sim nem disse que não

O dono da voz com certeza era o cão

Vestido de branco, sapato carmim

dirigiu-se a mim, sedução na voz

Eu faço milagres, desato seus nós

Transformo passado em futuro brilhante

isso mediante palavra cumprida

lhe faço a viola valer mais que a vida

e de tocador hás de ser o melhor

Eu sou rio abaixo,  sou cobra coral

Sou sombra brilhante, sou ser imortal

Senhor da Kalunga, silêncio profundo

O osm do planeta, anticristo do mundo

Eu sou cemiterio, a morte a seu lado

Lhe dizendo viva porque tem horario

Eu sou relicário, sou pedra de cal

Eu sou mensageiro sobrenatural.

ASSISTA ABAIXO UM TRECHO DO SHOW

ENCOURADO é um espetáculo intimista, que traz em seu conceito a simplicidade e a melodia dos cantadores do sertão. Seus mistérios e sua poesia. O cheiro do couro dos vaqueiros, o gosto da terra seca do nordeste.
Esse é o universo pelo qual circula, com propriedade, Daniel Gonzaga. Atento pesquisador de cultura popular, suas constantes andanças pelo nordeste interiorizaram um olhar diferenciado ao músico carioca. Nos seus 6 discos autorais a região sempre o acompanhou, a exemplo de seu disco Areia (Dabliú/2004), misturando o Xote com o Blues.
Esta influência tem seu ápice agora, no show ENCOURADO. O violão virtuoso toma forma de viola e ambienta a apresentação, aprofundando e revelando a faceta instrumentista de Daniel. Acompanhado apenas por seu violão, o cantor leva aos palco as histórias de sua vida, o sentimento do vaqueiro e os desdobramentos fantásticos do universo Gonzagueano.
Saudando e acompanhando os passos de grandes mestres, como Xangai e Elomar, Daniel Gonzaga é por vezes um cantador e por outras um violeiro. Por vezes trovador e por vezes feiticeiro e por vezes vaqueiro, relacionando-se com o folclore brasileiro, na figura do ENCOURADO

TEASER DO ESPETÁCULO

bottom of page